quarta-feira, 10 de março de 2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

- Não podes estar tenso a tocar marimba!...

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terça-feira, 20 de novembro de 2007

sms

Cospe-lhe

Red fish é comida de cantina

Estou na cama, as caleiras fazem barulho

Desliguei o gato da sorte. Já não aguentava o tique.

O TCM passa um filme de ficção científica dos anos 60. A sinopse diz que os astronautas se vão transformar em monstros verdes com tentáculos.

O canal dos bebés tem a imagem fixa num aquário. Os peixes vão e voltam. É maravilhoso. O melhor programa da televisão.

Esfrega, coração.

A Sic usa as cores todas do espectro solar no cenário. A ideia é encharcar o juízo das pessoas.

Foto-rodela. É uma foto em forma de rodela de ananás.

Os gatos acham a chuva uma coisa muito estranha. Estão muito espantados. Esticam as orelhas quando um carro passa por uma poça de água.

Pareces uma sardinha que escapou à grelha

Tenho ar condicionado. Vivo num escafandro em forma de bolo de noiva com a temperatura a 24 graus centígrados.

Consome, come, mija, discute, experimenta a camisa, mica quem passa. Acho que isto resume o comportamento no shopping.

Andará por aí o monstro devorador de toalhas sujas?

Inteligente, culto, capaz, prodígio, maravilha, talentoso, génio. Ufa!

Ficavas linda, loira alpinista a escalar o fiorde.

O turista norueguês parecia ter usado Palmolive para cabelos loiros a vida toda.

Acabei de dar a pior indicação a um turista no Bairro Alto. Perguntou-me onde poderia encontrar um restaurante de comida portuguesa. Respondi-lhe: - Desça qualquer uma dessas ruas. Depois Vire à esquerda ou à direita. Vai encontrar um de certeza. Pelo menos dei-lhe liberdade de escolha.

A guerra civil não tem importância nenhuma.

O abacate é uma fruta lixada.

Amor, quando comemos espargos ficamos com o xixi a cheirar mal.

Tu és o Pateta e o Pluto e a Clarabela!~


@ estupendo

domingo, 4 de novembro de 2007

we should

Charles: Ought we to be drunk every night?
Sebastian: Yes, I think we should.

Evelyn Waugh, Brideshead Revisited

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Frase do dia

Agora estou a ver pepinos do mar.

Frase do Dia

"Eu nunca fui do MRPP".

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

testamento

Enchendo as paredes, viam-se fotografias envelhecidas de dançarinas, miúdas de cabaré e actrizes do cinema a preto e branco, actores de rosto esguio e lábio muito desenhados, fumando. Nos cantos encostavam-se alguns cabides vestindo fatos de lantejoulas, ornamentados, quase todos decotados. Chapéus dos anos 20 repousavam em cabeças de plástico amarelas. Sapatos pretos da Clarabela. Numa vitrina jóias falsas, uma imensidão de bijutarias, plumas. A loja, assim tão aparentemente abandonada, parecia o camarim de uma corista. E cheirava a perfume barato e a humidade. Era difícil não especular se a porta da loja não seria um portal para outro tempo. Espreitou pelo vidro da montra e esperou - desejou -ver um Dona Elvira. Lá fora passava uma americana negra obesa, pregas de gordura, vaidosa num fato de treino cor-de-rosa, Nike. Passeou os dedos pelos objectos da vitrina. Meia escondida por baixo de um lenço roxo repousava uma caixa rectangular, um nome muito desgastado na tampa, ilegível. Em criança gostava de caixas, sempre as achou irresistíveis quando fechadas. Abriu-a com dificuldade. Resistiu como se estivesse fechada há muitos anos. Dentro da caixa encontrou, enoveladas sobre si próprias, umas meias de rede com uma malha oblíqua. Quem as teria colocado ali, há quanto tempo e em que circuntâncias? Já imaginava o desgosto amoroso da corista, imaginava uma madrugada com cem anos, um cena de cama, uma peça de roupa que não voltou a encontrar. Num par de meias o testamento de uma vida inteira.
@ esferovite

waiting


waiting, originally uploaded by pirotecnia.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

chewing gum

Conversas para mastigar e deitar fora. O outro lado do diálogo, está aqui.

(...)
A diz: eu acho que, se fossemos um país um bocadinho mais normal, alguns sindicatos deviam ser processados judicialmente por co-responsabilidade em lay offs e deslocalizações
B diz: concordo em absoluto contigo, mas num país que tem o supremo tribunal de justiça como o nosso... é difícil...
A diz: oh pá num país de gente formada em direito
, senhor doutor para aqui, senhor doutor para ali.... às vezes acho que a coisa se resume à toga ...
B diz: bem dizia o Durão. O país está de toga, perdão, de tanga...
A diz: depois há aquele refresco nutritivo, o tang
B diz: refresco?... nem por isso... e nutritivo só se for pela quantidade de açúcar que leva... blargh... ainda me lembro de quando bebia a coisa e não tenho saudades....
A
diz: eu ainda me lembro quando o bebi pela primeira vez... numa sessão de prova do el corte inglés de Vigo, senti-me tão primeiro mundo...
A diz: e do jogo de água com peixinhos que me compraram lá!
A diz: por isso o Tang terá sempre um lugar no meu coração.
A diz: mesmo ao lado do sunny delight!
B diz: daí o teu fascínio pelo el corte inglês. tá explicado...
B diz: Daí o teu fascínio pelo corte inglês
A diz: claro
A diz: e o fascínio do corte inglês por mim
...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Por um desmesurado desejo de amizade.


Cesariny, citando autor desconhecido

sexta-feira, 4 de maio de 2007

implicações morais

"Descoberto gene que prolonga a vida de um verme"

Título de notícia do Público, hoje.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

testamento

"Como escreveu o homem, a velhice é um naufrágio. Comigo, um naufrágio que às vezes não acho exclusivamente pessoal. Mas são com certeza momentos de megalomania. A verdade é que já não pertenço a esta história. O meu interesse é forçado, a minha presença é, pelo menos para mim, gratuita. Mas, por enquanto, não há remédio senão persistir".

Vasco Pulido Valente, Público, sábado, 21 de Abril

terça-feira, 17 de abril de 2007

martini seco

I shall not waste my days in trying to prolong them

Ian Fleming, escritor (o gajo do James Bond), citado hoje no Público

domingo, 8 de abril de 2007

a mulher com dois pés esquerdos doou metade do seu cérebro à ciência.

lista de personagens improváveis que podem encontrar-se na Internet:

1. Um homem que adora apontar quantas mentiras contam a seu respeito.
2. Um senhor que é, secretamente, um transsexual.
3. A mulher que arrancou o seu próprio nariz e o comeu.
4. Ele faz de conta que não gosta das Donas de Casa Desesperadas.
5. Este homem representou a Croácia num concurso internacional de lançamento de anões.
6. O assassino matou um homem só para o ver morrer.
7. Há um homem comum que gosta do cheiro do seu chichi.
8. A fã de Michael Jackson colecciona os membros que caem do corpo do seu ídolo.
9. O puto cozinha as barbies da sua irmã mais nova no microondas.
10. O homem comum que aprecia o cheiro do seu chichi também gosta de copmer sushi do dia anterior.
11. Um homem mau gosta de colocar aranhas nas camas de criancinhas a dormir.
12. Há uma mulher que tem medo das cores.
13. Alguém que gosta do cheiro da cera dos ouvidos.
14. Ele vive sem saber que descende de Átila, o Huno.
15. Um fã que come os membros que caem do corpo de Michael Jackson.
16. Um trabalhador da pepsi que foi apanhado a fazer amor com uma modelo da coca-cola usando uma lata de 33 cl. para os preliminares.
17. Eu estou a usar um chapéu giro.
18. Esta mulher conta a verdade de vez em quando só para supreender as amigas.
19. Este homem foi uma vez para a cama com uma rapariga muito, mesmo muito gorda.
20. Um tipo a quem nunca passou pela cabeça dar um murro num burro.
21. O burro está com prisão de ventre.
22. Este homem veste um disfarce muito convincente de Chuck Norris e passeia-se pelos bares da vizinhança.
23. Aquele homem tem 3 testículos.
24. A mulher com dois pés esquerdos doou metade do seu cérebro à ciência.
25. O rapaz perdeu o polegar num acidente enquanto pedia boleia.
26. Ele não come comida que contenha a palavra R no nome.
27. Fez fortuna vendendo a estudantes durante os anos 80 kits de alvos para lançamento do dardo com a imagem de Margaret Thatcher de um lado e de Augusto Pinochet do outro.
28. É um descendente directo de Estaline.
29. Esta mulher gosta que as pessoas que se cortam no dedo lhe peçam ajuda.
30. Ele tem um cabelo aborrecido.
31. Ela não entende por que razão todos os rapazes a odeiam de forma tão apaixonada.

autoria colectiva: www.last.fm Group 'This is a group with random and sometimes questionable musical taste for people who are weird or bored' Forum > Lies about the person above you

sábado, 7 de abril de 2007

ana de amsterdam

Este é o blog mais bem escrito que já li. Não faço pevide de ideia de quem a autora é. Nem me parece, pela ausência da opção comentários, que ela esteja interessada em que se saiba.
Mas, para além e também por causa da prosa afiada, estes textos fazem-me lembrar alguém que perdi. Sente-se por aqui um espírito... Bem hajas, Ana de Amsterdam!
aqui: http://ana-de-amsterdam.blogspot.com/

a cidade cheira a limões

Lisboa está vazia de portugueses e de carros e cheia do cheiro das flores dos citrinos. Já há promessa de Verão nos passeios ensolarados e gente que tenta andar de mangas curtas. Já se consegue almoçar em restaurantes ao ar livre e perceber como as conversas de ar livre são também, elas próprias, mais desempoeiradas. Sonham com calor e sol e corpos mais soltos.
- Temos de aprender a desconfiar do tempo, dizia o P a citar um 'freguês', trincando umas bolachas biológicas desprovidas de gosto que um dia a indústria do fibrocimento há-de descobrir.
Pelo segundo dia consecutivo enchouricei de comida vegetariana ao ar livre, à sombra. O bom do sol é podermos estar à sombra, numa esplanada escondida (quase) sem espanhóis.
Como foto, serve-se mais um exercício narcisista.

terça-feira, 20 de março de 2007

os monstros existem?

Como habitualmente nos contos de fadas o mal está do lado das pessoas e do lado dos adultos. Há uma ideia de bondade perdida que o mundo das coisas e das criaturas retém e que as crianças ainda conseguem ver. Na condição, claro, de jamais deixarem de ser crianças. No Labirinto do Fauno há um monstro de cada lado do espelho: uma coisa não humana com olhos nas mãos que come criancinhas e um humano com olhos na cara que mata criancinhas. Do lado dos humanos, o monstro é um capitão franquista sanguinário e sem coração, que coloca uma ideia de si próprio acima de tudo o resto. Um novelo de relações filiais mal resolvidas, travestidas de honra militar, de virilidade e da premência de um ideal fascista que justifica a morte (de que ele próprio é o instrumento) de inocentes, dos seus mais próximos, da sua própria mulher, da sua (quase) filha. O novelo consome-se e consome-o e acabará por levá-lo a uma inevitável (esperada) derrota, moral e de facto. Mas a questão mantém-se. Exceptuando os casos históricos, podemos alguma vez aceitar como real a existência deste tipo de pessoas, destes monstros superlativos de qualquer tipo de mal?





segunda-feira, 19 de março de 2007

relatório breve

A situação em casa: A gata está com o cio. O gato está capado. O que consegue resumir a situação.

sábado, 17 de março de 2007

reflexos de um sábado a tarde

Este foi, provavelmente, o primeiro grande sábado quente do ano, com esplanada e caminhada incluídas e bom tempo suficiente para mangas curtas, chás gelados e pastelinhos picados pela cidade. A feira da ladra estava como habitualmente, cheia de lixo e das habituais máfias, tráficos pequenos e notórios, outros talvez não tanto, os polícias, as lojas de artigos militares, ferrugens com máquinas fotográficas e de escrever lá dentro, intermináveis montes de objectos baços, roídos, moídos, dobrados, usados, cansados. Mas há sempre olhos com vontade de encontrar por lá aquele objecto que faz ganhar o passeio. Claro que muitas vezes é a companhia que o faz ganhar.

@ estupendo

sexta-feira, 16 de março de 2007

curry vice

-… a Índia faz-me lembrar a merda a boiar no Ganges…

- Deixa-te disso, nunca ninguém viu A MERDA a boiar no Ganges.

- Não sei, se não se vê pelo menos infere-se…aquela água castanha, tanta gente… é impossível não estar lá. Será que a merda fica sagrada quanto é banhada no Ganges?

(sorriso) – Eles têm uma relação mais desempoeirada com os seus próprios dejectos. Todo o Ganges é sagrado e tudo aquilo que ele contém. A merda será tão benzida quanto tudo o resto se for banhada naquelas águas. É o contexto que conta. Ou achas que se – digamos – a deixares cair numa pia de água benta a água ganha uma natureza profana?

- Cristo! A imagem…

- Pelo menos em Nova Iorque a merda será sempre merda. Isto se não estiver à vista…

- Claro que tens sempre as manequins de 16 anos… já não produzem.

- Sim, mas continuo sem perceber, merda à parte, como queres fazer um filme de Bollywood, realizado por ocidentais, em Manhattan. Um pé em Shiva e outro à frente!...

-Oui. Acho a ideia completamente nova. Aliás, só os paquistaneses e indianos que conduzem táxis na cidade chegariam para viabilizar o filme.

- Querias…

- Ouve lá, os indianos deixam de comer chamuças quando chegam ao Martim Moniz?

- Estás a fazer-te à citação…

@ estupendo

quinta-feira, 15 de março de 2007

diálogo para um filme americano daqueles de sundance

- O gajo é um totó, ouve o que te digo. Apetece-me mandá-lo à merda.
- Toto era o cão da Judy Garland. Levou-o o vento, acho, não passou da fase do tornado, o sortudo... disse à Sophie que te chamei kota porque vais ser tia.
- tu não me digas que também escreves com o k... fico doente...
- Não. kota e pk. Mais nada. Em contrapartida, mando montes de quisses, para compensar.
- Agora disfarça...
- Vou roubar partes deste diálogo para escrever um merdelim para o blog.

quarta-feira, 14 de março de 2007

proposta de comentário

Junto foto tirada no restaurante tibetano. Não achaste estranho que num restaurante tibetano não haja leite azedo de iaque e outros alimentos desses? Os iaques cospem na cara das pessoas (ou serão os lamas os burros cuspidores?), vi uma vez num canal da TV Cabo. Talvez usem a saliva desses animais para produzir uma bebida alcoólica típica. Comemos um prato de couscous com umas beringelas insípidas, mas de resto nada me pareceu insípido, antes pelo contrário. - Acho que está bom, dizes. Naquele restaurante parece que as pessoas têm vergonha de mostrarem stress. Ou de falarem alto. Há uma frequência bloqueadora de emoções no ar. Só os monges mais treinados conseguem ouvir o zumbido. -Lá em baixo deve ser óptimo estar-se, com sol. Sorris. Eu continuo sem fixar os olhares durante muito tempo. Mas há momentos que se vão congelando na prateleira das polaroids que temos na cabeça. Atrás de ti, sentada, junto à parede, uma mulher jovem olha para mim repetidamente. Será que a conheço? Isto acontece-me todos os dias, junta-se a incapacidade para decorar rostos com a miopia. Deixo que os olhos não a foquem e defendo-me dessa maneira. Não a vejo vendo-a. Será que te conhece? Ao nosso lado, virada para nós, uma mulher de 50 anos, pesada, regista-nos sem o mostrar. Acho sempre que o fazem quando nunca me olham e sobretudo quando nunca reagem a um movimento meu. É difícil ignorarmos alguém e, por isso, quando o parecemos fazer é provável não o estarmos a fazer. Deve ter sido bonita, a mulher. Ainda é, tem um mundo atrás dos olhos. E para ver isso não preciso de ter boa visão. Depois, uns dias depois, vou tentar escrever sobre este almoço. Eis a tentativa. O resto fica para mais tarde.
@ estupendo

domingo, 11 de março de 2007

this is just to say

I have eaten
the plums
that were in
the icebox

and which
you were probably
saving
for breakfast

Forgive me
they were delicious
so sweet
and so cold


William Carlos Williams

Alegria, Alegria

Seis meses e mais um bocado depois volta a pirotecnia, versão 2.0, em clima de

Alegria, Alegria
(Caetano Veloso)

Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou

O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e brigitte bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço, sem documento,
Eu vou

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por que não...

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